quarta-feira, 12 de junho de 2013

Bolsa Família: O direito e os defeitos
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José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
  • Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
    O diretor-geral da Polícia Federal e o ministro da Justiça concedem entrevista coletiva sobre a investigação da origem dos boatos
    O diretor-geral da Polícia Federal e o ministro da Justiça concedem entrevista coletiva sobre a investigação da origem dos boatos
O Bolsa Família é considerado o mais importante programa social já feito Brasil e um modelo internacional de combate à miséria e à exclusão. No entanto, encontra-se em um dilema, pelo fato de perpetuar a dependência das famílias assistidas.
O programa voltou ao centro das discussões há duas semanas, quando uma onda de boatos sobre o fim do benefício fez com que milhares de inscritos corressem para as agências da Caixa Econômica Federal. Houve tumulto em 13 Estados brasileiros no final de semana dos dias 18 e 19 de maio.
No primeiro momento, o Governo Federal chamou a ação de criminosa e culpou os partidos de oposição pela disseminação dos rumores. Depois, descobriu-se que a antecipação do pagamento no mês de maio (R$ 2 milhões no total), que gerou pânico entre as famílias, foi causada por mera incompetência. A Caixa Econômica Federal admitiu o erro e se desculpou publicamente.
As críticas ao Bolsa Família, contudo, existem desde sua criação no governo dopresidente Lula, em 2003. O programa de transferência de renda para famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza unificou programas sociais do governo anterior e tornou-se, na última década, a principal vitrine do governo petista e o carro-chefe das mudanças sociais no país.
São beneficiadas famílias pobres com renda per capta entre R$ 70 e R$ 140. O valor do benefício, em média, é de R$ 150. Em contrapartida, os pais assistidos devem manter os filhos na escola. Assim, objetiva-se, além da preservação de direitos básicos, o fim do ciclo de miséria entre gerações de brasileiros.
O sucesso fez com que o programa foi ampliado durante o governo da presidenteDilma Rousseff. Na última alteração, em fevereiro deste ano, ele passou a incluir os extremamente pobres, cujos ganhos são inferiores a R$ 70.
Hoje são atendidas 13,8 milhões de famílias pobres em todo o país, com um custo aos cofres públicos de R$ 24 bilhões por ano – em 2010, último ano do mandato de Lula, o ônus ao Estado era de R$ 14,3 bilhões.
Resultados
Juntamente com o controle da inflação e o crescimento econômico do país, o Bolsa Família é apontado como a principal medida responsável pela queda do índice de pobreza e diminuição da desigualdade.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas, no ano passado o Brasil atingiu o menor índice de desigualdade desde os anos 1960. Nas últimas décadas, a renda de metade da população mais pobre aumentou em quase 70%, enquanto a parcela dos 10% mais ricos cresceu somente 10%. Apesar disso, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo.
Impasse
Há, portanto, impactos positivos tanto na sociedade quanto na economia. As famílias de baixa renda atendidas pelo programa passam a consumir, tendo acesso a produtos e serviços, contribuindo, assim, para o aquecimento do mercado interno.
Outro ponto favorável é a diminuição da evasão escolar e das taxas de analfabetismo, pois os beneficiados devem comprovar que mantém filhos e dependentes matriculados em escolas. Antes, essas crianças eram obrigadas a trabalhar para aumentar a renda doméstica.
Entretanto, críticos dizem que o Bolsa Família encontra-se em um impasse. A falta de limites do programa – tanto de número de inscritos quanto de tempo para recebimento do benefício – mantém milhões de brasileiros dependentes. Ao invés de estimular essas pessoas a ingressarem no mercado de trabalho, o Estado as sustenta.
Dessa forma, o programa deixa de ser uma ajuda pontual para tirar famílias da miséria e torna-se uma fonte de renda permanente. Isso confere, segundo essa análise, um caráter assistencialista ao Bolsa Família, que pode ser explorado por políticos.
Assim, o Bolsa Família fica preso entre o seu uso político e sua eficiência econômica, pesando cada vez mais no orçamento do Estado. Quando mais o país precisar desse recurso para acabar com a miséria, mais clara será, para especialistas, a noção do quanto ainda falta para que a nação se torne uma potência.

Fique Ligado

A notícia que gerou o artigo desta semana é bastante específica e ocasional. Não existe propriamente um contexto em que ela esteja inserida. Nesse sentido, é difícil relacioná-la com outras questões. Mesmo assim, há assuntos análogos que podem ser mencionados. O principal se relaciona ao conceito de "Welfare state", ou "Estado de bem-estar social". Em segundo lugar, como o problema se deveu a boatos e desconfianças, é bom lembrar que a crise econômica que sacudiu o mundo em 2008, em cuja origem está a desconfiança na capacidade de as instituições financeiras saldarem suas contas. Reveja um artigo publicado aqui naquela ocasião, que relaciona a crise de 2008 à "mãe de todas as crises": a grande depressão da década de 1930.
 



Direto ao ponto

Boatos sobre o fim do Bolsa Família levaram milhares de pessoas a correrem para agências da Caixa Econômica Federal para sacarem o benefício. Houve tumulto em 13 Estados brasileiros no final de semana dos dias 18 e 19 de maio.

No primeiro momento, o Governo Federal chamou a ação de criminosa e culpou os partidos de oposição pela disseminação dos rumores. Depois, descobriu-se que o mal entendido partiu de um erro da própria Caixa, que antecipou o pagamento no mês de maio.

As críticas ao Bolsa Família, contudo, existem desde 2003, quando o programa foi criado durante o governo Lula. O objetivo é transferir renda para pessoas carentes, com renda entre R$ 70 e R$ 140. O valor do benefício, em média, é de R$ 150. Em contrapartida, os pais assistidos pelo programa devem manter os filhos na escola.

Na última década, o Bolsa Família tornou-se a principal vitrine do governo e o maior programa de inclusão social do país, reconhecido internacionalmente. O sucesso fez com que ele fosse ampliado durante o governo da presidente Dilma Rousseff.

Mas críticos apontam o caráter assistencialista do benefício. Para eles, ao invés de estimular as famílias assistidas a ingressarem no mercado de trabalho, o Estado as sustenta com uma renda permanente. Dependentes do governo, esses brasileiros tornam-se reféns de políticos que usam o programa com fins eleitorais.
José Renato Salatiel* é jornalista e professor

Sisu já tem mais de 938 mil inscrições; cadastro vai até sexta

Até as 18h45 desta terça-feira (11), o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) registrou 938.940 inscrições, realizadas por 485.992 estudantes - cada candidato pode fazer até duas opções de curso. As informações são do MEC (Ministério da Educação). 

MAIS SOBRE AS FEDERAIS

  • Arte UOL
    Confira a situação das universidades federais
Os interessados podem se inscrever até a próxima sexta-feira, 14, para selecionar vagas no sistema. A seleção é feita a partir das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012.
Nesta segunda edição de 2013, o estudante pode fazer até duas opções de curso e concorrer a 39.724 vagas, oferecidas por 54 instituições de ensino, segundo o MEC.
Ao longo do período de inscrições, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos serão divulgadas on-line, diariamente para consulta a qualquer hora do dia. No próprio sistema, o estudante pode tirar dúvidas sobre notas de corte, datas das chamadas, período de matrículas nas instituições, resultados e lista de espera.
O resultado definitivo da primeira chamada será divulgado na segunda-feira, 17. Os convocados farão a matrícula nos dias 21, 24 e 25 de junho. O candidato aprovado na primeira opção de curso será automaticamente retirado do sistema. Caso não faça a matrícula na instituição para a qual foi selecionado, perde a vaga.
Os selecionados com base na segunda opção ou que não atingirem a nota mínima em nenhum dos dois cursos escolhidos podem permanecer no sistema e aguardar a segunda chamada, em 1º de julho. Nesse caso, os convocados farão a matrícula no período de 5 a 9 do mesmo mês.
Quem não for convocado em nenhuma das duas chamadas pode aderir à lista de espera, entre 1º e 12 de julho. A convocação dos selecionados, de acordo com o cronograma, ocorrerá em 17 de julho.
Os candidatos devem conferir a oferta de vagas na página do Sisu na internet. O Edital nº 5 da Secretaria de Educação Superior (Sesu), de 31 de maio de 2013, que define o processo de seleção unificada para o segundo semestre, foi publicado no Diário Oficial da União do dia 3 último, seção 3, página 40.

educacao.uol.com.br

sábado, 4 de maio de 2013

Veja 20 vestibulares com inscrições abertas para ingresso no 2º semestre Muitas inscrições se encerram no mês de maio; confira a lista. Estudantes que fizeram o Enem 2012 poderão concorrer vagas pelo Sisu.


G1 listou 20 instituições de ensino superior que têm inscrições abertas para os vestibulares do meio de ano. Os interessados em concorrer a uma vaga para ingressar na faculdade neste segundo semestre precisam correr. Muitas inscrições serão encerradas neste mês de maio, como por exemplo os da Universidade de Brasília (UnB), com inscrições até segunda-feira (6), e da  Universidade Estadual Paulista (Unesp), cujo prazo termina no dia 10.
Os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012 ainda poderão disputar vagas em universidades públicas de todo o Brasil pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu) do meio do ano, cujo edital deve ser publicado no 'Diário Oficial da União' no começo do mês de junho.
Além dos processos seletivos listados abaixo, você pode conferir outras opções no calendário de vestibulares do G1.
VEJA LISTA DE INSTITUIÇÕES COM INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR DE MEIO DE ANO
Instituição de ensinoEstadoRedeInscriçãoTaxaData da provaSaiba mais
Região Sudeste
Universidade Estadual Paulista (Unesp)SPpúblicaaté 10 de maioR$ 13026 de maio (primeira fase)Site oficial
Universidade Presbiteriana MackenzieSPparticularaté 30 de maioR$ 8514 de junhoSite oficial
Fundação Getulio Vargas (FGV)SPparticularaté 15 de maioR$ 1509 de junhoSite oficial
Faculdades de Tecnologia (Fatecs)SPpúblicaaté 11 de junhoR$ 7030 de junhoSite oficial
Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)SPparticularaté 19 de junhoR$ 17023 de junhoSite oficial
Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP)SPparticularaté 11 de junhoR$ 13016 de junhoSite oficial
Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet)RJpúblicaaté 12 de maioR$ 558 de junhoSite oficial
IBMECRJparticularaté 13 de junhoR$ 12016 de junhoSite oficial
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)MGpúblicaaté 20 de maioR$ 12016 de junho (primeira fase)Site oficial
Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG)MGparticularaté 22 de maioR$ 10016 de junhoSite oficial
Região Centro-Oeste
Universidade de Brasília (UnB)DFpúblicaaté 6 de maioR$ 1108 e 9 de junhoSite oficial
Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO)GOparticularaté 7 de maioR$ 30 (até 3 de maio); após R$ 6011 de maioSite oficial
Região Sul
ESPM-RSRSparticularaté 12 de junhoR$ 8015 de junhoSite oficial
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)PRpúblicaaté 15 de maioR$ 10014 e 15 de julhoSite oficial
Região Norte
União Educacional do Norte (Uninorte)ACparticularaté 20 de maioR$ 5025 de maioSite oficial
Faculdade Católica do TocantinsTOparticularaté 2 de junhoR$ 409 de junhoSite oficial
Região Nordeste
Faculdade Cearense (FAC)CEparticularaté 31 de maioR$ 301º de junhoSite oficial
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)BApúblicaaté 3 de maioR$ 9014 a 16 de julhoSite oficial
Faculdade Integrada Tiradentes (FITS)ALparticularaté 22 de maioR$ 5026 de maioSite oficial
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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vestibular Fatec


Vestibular 2013/2
Início: 30/04/2013
Fim: 11/06/2013
Prova: 30/06/2013

Margaret Thatcher (1925-2013): Ex-premiê foi uma das mulheres mais poderosas do século 20

Margaret morreu em 8 de abril, aos 87 anos, após sofrer um derrame. Ela foi a primeira – e até hoje única – mulher a chefiar o governo no Reino Unido, reeleita primeira-ministra em três mandatos consecutivos. Nesse período de onze anos (1979-1990), tornou-se também uma das líderes políticas mais influentes do século 20.
O apelido de “Dama de Ferro” foi dado pela imprensa soviética nos anos 1970, para caracterizar sua forte oposição aos regimes comunistas. Ela conduziu a política doméstica com a mesma personalidade intransigente, provocando tanto admiração quanto repúdio entre os ingleses.
Na esfera internacional, Thatcher contribuiu para mudar a relação entre o mercado financeiro e o Estado. Nos anos 1980, ela foi a expoente da doutrina neoliberal, que defendia a desregulamentação da economia e a diminuição do papel do Estado. Esse modelo de política econômica se tornaria hegemônico no mundo capitalista, sendo adotado no Brasil durante o governo de Fernando Collor de Melo (1990-1992).
As privatizações do setor industrial, o corte de benefícios sociais e o desmantelamento dos poderosos sindicatos britânicos, para especialistas, foram medidas necessárias para recuperar a economia britânica no pós-guerra.
Outra característica de seu governo foi a aliança com o presidente americano Ronald Reagan (1981-1989). Juntos, foram os principais opositores da ex-União Soviética, no auge da Guerra Fria (1945-1991).
O estilo autoritário de Thatcher contrastava, nesse sentido, com a imagem de defensora das liberdades individuais que tinha em países socialistas.
No final dos anos 1980, a premiê foi a primeira chefe de Estado ocidental a endossar as reformas políticas e econômicas no regime soviético, promovidas por Mikhail Gorbatchev. Essas reformas levariam ao fim da Guerra Fria e a queda do comunismo na Europa.
Mais polêmicos foram os apoios ao apartheid, regime de segregação racial em vigor na África do Sul (1948-1994), e à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) no Chile, uma das mais violentas na América Latina.
Em resumo, Thatcher não era uma política que buscava consenso, mas que impunha sua liderança. Quando os argentinos reclamaram a posse das ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), em 1982, enviou forças militares para recuperar o território inglês. Dois anos depois, escapou ilesa de um atentado terrorista cometido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês), grupo que reivindicava a independência da Irlanda do Norte.
Greves
Eleita primeira-ministra em 4 de maio de 1979, Thatcher foi a primeira mulher a governar uma grande potência e a mais importante a ocupar o posto no Parlamento britânico desde Winston Churchill (1940-45 e 1951-55).
No final dos anos 1970, a economia no Reino Unido passava por um período difícil, com inflação anual acima dos 20%, taxa de desemprego de 10% e altos impostos. Havia nisso a influência de fatores externos, como o aumento do preço do barril do petróleo, e internos, decorrentes de déficits no orçamento do Estado.
Para equilibrar as contas do governo, Thatcher privatizou empresas estatais, retirou estímulos ao mercado (herança do pós-guerra), cortou benefícios e investiu contra os sindicatos, cuja força representava um entrave para a abertura econômica.
As medidas impopulares, de início, agravaram a situação, com aumento dos índices de desemprego e inflação, além de quedas do consumo e de investimentos. Nos primeiros dois anos de mandato, a popularidade em baixa ameaçava o governo Thatcher. Foi quando começou a Guerra das Malvinas, que inflamou o sentimento patriótico dos ingleses e assim, nas eleições de 1983, garantiu a vitória do Partido Conservador e o segundo mandato da primeira-ministra.
Neste segundo mandato ocorreu a consolidação do “thatcherismo”, com a estabilização da economia, a continuidade das reformas neoliberais e a privatização de indústrias para reduzir os gastos do Estado.
Por outro lado, a briga com os sindicatos desgastou o Parlamento. Entre 1983 e 1984 aconteceu a greve dos mineiros, uma das mais duradouras do mundo e a que provocou mais impactos sociais na Inglaterra. Os mineiros protestavam contras o fechamento de mineradoras e mantiveram uma “queda de braço” com Thatcher que durou um ano.
Zona do euro
Em 1987, quando foi reeleita pela segunda vez, o Reino Unido já registrava um crescimento de 5%. Mas a aprovação da primeira-ministra continuava baixa, sobretudo após a adoção, em 1990, do poll tax, uma espécie de imposto regressivo em que os mais pobres pagam proporcionalmente mais do que os ricos.
Outro motivo de discórdia foi a recusa em aceitar a inclusão do Reino Unido na zona do euro, o que levou a um racha do Partido Conservador e a perda de aliados importantes, como o vice Geoffrey Howe.
Thatcher renunciou ao cargo em 22 de novembro de 1990. Ela retirou-se da vida pública em 2002, depois de sofrer uma série de pequenos derrames. A morte do marido Denis, em 2003, e a gradual perda da memória a isolaram ainda mais do público.Da esquerda para a direita, Ronald Reagan recebe Margaret Thatcher na Casa Branca, ao lado dos respectivos cônjuges, Nancy Reagan e Denis Thatcher

Direito, Medicina e Poli aceitam cota, mas sem Pimesp


William Maia/UOLSão Paulo - As faculdades de Medicina, Direito e a Escola Politécnica - as principais e mais tradicionais unidades da USP - rejeitaram o projeto de cotas proposto pelo governo estadual, batizado de Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público Paulista (Pimesp). As unidades se posicionaram favoravelmente à adoção de uma política de cotas, que imponha metas a serem alcançadas, mas não como o Pimesp projeta.
A ideia é que, em três anos, 50% das matrículas em cada curso sejam de alunos da escola pública, com reserva de vaga para pretos, pardos e indígenas. Mas a maior discordância da proposta é a criação de um college - curso semipresencial de dois anos pelo qual parte dos cotistas passaria.Medicina, Direito e Engenharia estão entre as unidades com as menores proporções de alunos da rede pública na USP. Porta-voz do Pimesp, Carlos Vogt, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), admite que o programa precisa de mais reflexão e a adoção pode ser adiada. O governo queria as cotas em vigor já no próximo vestibular.
Lançado em dezembro, o Pimesp foi feito pelos reitores da USP, Unicamp e Unesp a pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A proposta seguiu para debate nas unidades, antes da definição nos Conselhos Universitários - cabem a eles a decisão final, mas, na USP, o posicionamento dessas unidades pode ser decisivo.
Na USP, as unidades têm até quinta-feira para se pronunciar. Ontem, a Congregação da Poli votou e rejeitou o Pimesp. "Mas precisamos dar uma resposta à sociedade e oferecer alguma alternativa", diz o doutorando Caio Cesar Fattori, de 29 anos, representante dos alunos da pós-graduação na congregação.
Comissão criada na unidade para debater as cotas já havia produzido um documento que defendia uma política de cotas, mas não da forma proposta pelo governo. O documento não foi votado ontem e uma proposta alternativa ainda será debatida.
Além de rejeitar o Pimesp, a Faculdade de Medicina propõe que a USP crie um programa de avaliação continuada para encontrar os melhores alunos nas escolas. Até que isso não fique pronto, a ideia aprovada é ampliar a bonificação do Inclusp, programa de inclusão da USP para alunos de escola pública.
O college não foi poupado. "Como está, não dá qualificação e se assemelha a um nivelamento", diz o presidente da comissão de pesquisa da unidade, Paulo Saldiva. Segundo ele, o respeito ao porcentual de cotistas deve ser mantido. "A USP precisa se comprometer com a inclusão."
Para a Faculdade de Direito, o Pimesp não atende aos "objetivos de democratização do acesso à universidade". A unidade pede mais estudos sobre inclusão. O documento foi enviado ontem à reitoria pelo diretor Antonio Magalhães Gomes Filho. "Não há dados que justifiquem uma preparação prévia para que os cotistas entrem na universidade."
Adiamento. Para Vogt, a rejeição não enfraquece o programa, mas há o risco de as metas não começarem a valer em 2014. "Se a coisa andar nesse ritmo, é preciso refletir sobre a dinâmica de implementação do programa", diz. Segundo Vogt, as questões levantadas podem ser incorporadas. Ele reconhece a necessidade de mais reflexão. "Precisamos buscar uma solução conjunta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 5 de março de 2013

Matriculas para o extensivo 2013

   Bom dia pessoal.

   Viemos informar que as matriculas para o extensivo 2013, com inicio das aulas no dia 04 de Março estão encerradas. Fiquem atentos as nossas postagens, pois abriremos novo processo seletivo em Maio desse ano corrente.

  Equipe Sinapse.